segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Festa de Santa Izabel na Paróquia de Santo Antônio.

No dia 17 de novembro a Igreja celebra a memória de Santa Izabel da Hungria.
Para nossa Família Franciscana é dia de Festa, pois esta é padroeira de toda Ordem Franciscana Secular.
Em nossa paróquia este dia será marcado pela celebração eucarística das 19h, onde teremos a presença de vários franciscanos e franciscanas seculares.
Alguns celebrando 25 anos de caminhada na Ordem.
Todos estão convidados a celebrar conosco este momento singular de nossa Família.
Segue abaixo a síntese de um texto comemorativo pelos 800 anos de nascimento de Santa Izabel, acreditamos que muito contribuirá para conhecermos tão grande seguidora de Cristo!

CREMOS NO AMOR

VIII CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE SANTA ISABEL DA HUNGRIA

“Aquele que pretende guardar a sua vida, a perderá; mas quem a perder por amor a mim e ao Evangelho, a salvará” (Lc 17,33; Mc 8,35)

“Neste ano de 2007, prosseguimos com as celebrações dos 800 anos de nascimento de Santa Isabel, princesa da Hungria, condessa da Turíngia e penitente franciscana. Este ano jubilar teve início em 17 de novembro de 2006 e se encerrará neste mesmo dia neste ano de 2007. Esta é uma oportunidade única para se conhecer esta figura excepcional que foi uma entrega a Deus Pai-Amor, no seguimento a Jesus Cristo. Pois o amor foi o eixo em do torno do qual girou toda a vida de santa Isabel. Assim esperamos que este ano de 2007, seja um encontro com esta santa mulher franciscana, e que nos leve a uma compreensão mais pessoal do amor de Deus. Para que nossa fé em seu amor saia fortalecida e nos anime a ser instrumentos de sua misericórdia.
O mérito de santa Isabel transcende as fronteiras da Igreja Católica, é admirada e venerada também pelos luteranos; pois descobrimos nela marcas universais de caridade, fraternidade e convivência que podem marcar caminhos no campo do compromisso social para todos os que se dedicam a semear o consolo entre a humanidade sofrida. Descobriu a presença de Jesus mesmo nos pobres, nos desprezados pela sociedade, nos famintos e enfermos (Mt 25). Todo o empenho de sua vida consistiu em viver a misericórdia de Deus-Amor e fazê-la presente no meio daqueles que desconheciam a dos homens.
Foi a primeira santa franciscana canonizada, a primeira que tornou realidade os ideais de S. Francisco, forjada à maneira da vida evangélica que viveu e ensinou. O Papa Gregório IX a canonizou em 1235, apenas quatro anos após sua morte. Em sua vida o essencial não foram os milagres, senão o amor que refletem.
Santa Isabel foi uma princesa da Hungria que nasceu em 1207, filha do rei André II e de Gertrudes de Andechs-Merano. Não se sabe ao certo o local e do dia do seu nascimento. A tradição diz ser o dia 07 de julho e o local ser o Castelo de Sarospatak, ao norte da Hungria. Neste ano Francisco estava em busca de uma nova identidade. Já havia dado um novo rosto à sua existência e havia se comprometido com a loucura de viver a penitência e ensiná-la em meio ao povo.
Seguindo os costumes vigentes, Isabel, foi prometida como esposa a um príncipe alemão da Turíngia aos quatros anos de idade, em 1211. A princesa menina empreendeu o caminho até sua nova pátria rodeada de toda classe de presentes preparados por sua mãe. Assim, fora educada na corte da Turíngia, junto à família do futuro marido. Casou-se aos quatorze anos com Luís IV, o grande Conde da Turíngia. Teve três filhos, o primeiro aos 15 anos, Germano, herdeiro do trono. Depois Sofia e Gertrudes, esta ultima nasceu em 1227, quando Isabel já era viúva com apenas 20 anos, e mais tarde se tornará religiosa das monjas premonstratenses. Faleceu aos 24 anos em 17 de novembro de 1231.
Seus olhares estavam fixos em Deus-Amor, de quem vinha toda a luz que irradiava seu rosto e a refletia aos infelizes. De 1221 até 1227, Isabel foi exemplar esposa. Ambos, Isabel e Luis cresceram juntos e viviam como irmãos; assim, o tratamento comum entre eles era de “querido irmão, querida irmã”. A relação matrimonial entre eles era de um afeto autêntico, fraterno e conjugal. Ambos partilhavam os mesmos ideais de vivência da fé. Até este momento histórico da Igreja o matrimônio não era contemplado como um caminho para a santidade, como eram a virgindade, o martírio ou a vida monacal. Da bula de canonização se destaca, contudo, que o Papa o considerou como dos elementos que conferiram uma novidade à santidade de Isabel. Outro destaque da vida matrimonial seria a perfeita sintonia entre ambos, o afeto, o respeito e a aceitação mútua e total. A fontes primitivas destacam a compreensão de Luís até a inclinação devota e caritativa de sua esposa. Quando morreu o marido em 1227, morreu também a princesa e acentuou a irmã penitente.
Isabel é a figura feminina que mais genuinamente encarnou o espírito penitencial de Francisco. Há que se ressaltar que na sua época não se usava o termo terciário. E nem existia a categoria de penitentes religiosos franciscanos de vida comunitária. O fato que nos faz entender que ela fora penitente franciscana seria o fato de ter como diretor espiritual Frei Rogério, que chegar em terras germânicas por volta do ano de 1225 juntamente com outros frades em missão. Poucos anos depois do Memoriale propositi de 1221, ano em que se casara. Assim que ficou viúva foi expulsa pela corte recorreu aos franciscanos pra que cantassem um Te Deum em ação de graças a Deus. Assumindo assim, a vida de penitente franciscana como secular.
Outro fato depois da morte do marido foi que este confiara a direção espiritual de toda sua família ao presbítero Conrado de Marburgo. Este declarou que em uma sexta feira Santa, em 24 de março de 1228, fez profissão pública na capela franciscana. Neste ato solene estavam presentes os frades, os parentes (criadas) e seus filhos. Assumiu o hábito cinza de penitente como sinal externo. Fundou um hospital em Marburgo em 1229, e colocou-o sob a proteção de S. Francisco, canonizado nove meses antes. Esta profissão foi considerada pelo Papa Gregório IX na bula de canonização como uma consagração à Vida Religiosa. Juntando se ao fato de que as suas quatro criadas também fizeram a profissão: Guda, Isentrudes, Isabel e Irmingarda. Formando uma pequena comunidade religiosa, que até o momento não existia na história da Igreja. Porém um estilo de vida religiosa nestes moldes sem a clausura só seria aceito na Igreja séculos mais tarde.
O certo é que Isabel soube coordenar ambas as atividades, a de intimidade com Deus, como Maria, porém também a do serviço ativo aos pobres como Marta a Jesus. Se sua opção existencial foi a de consagração a Deus e a caridade ativa entre os necessitados, não temos outro nome para defini-la como o que usou o Papa: “religiosa”. Em sua vida bilha com singular esplendor a supremacia da caridade. Precisamente a caridade constitui o centro da santidade e do Evangelho”.
Traduzido para o português por:
Aparecida de Guadalupe Cáfaro.
Nacionalidade: brasileira.


- Síntese por frei Adilson Corrêa da Silva, ofm.
(Assistente Espiritual OFS/MG)

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